quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Repassando do O GLOBO - Aliados de Serra buscam embate direto com Dilma

Principais lideranças do PSDB e aliados do candidato tucano à Presidência, José Serra, estão animados com a disputa no segundo turno e devem buscar o embate direto com a presidenciável do PT, Dilma Rousseff.


O comando do PSDB reuniu nesta quarta-feira os principais aliados da coligação para definir a estratégia e iniciar a corrida pelo apoio do eleitorado para o dia 31. Os tucanos vão seguir explorando o que chamam de falta de experiência de Dilma, e querem um papel mais claro de oposição.

"Não tenho a menor dúvida de que a Dilma não é um projeto de candidata, é um produto", disse nesta quarta-feira o presidente do PSDB e coordenador da campanha tucana, senador Sérgio Guerra.

Trata-se do primeiro grande encontro da coligação que apoia Serra, a exemplo do que fez Dilma na véspera. Governadores, senadores e parlamentares eleitos e reeleitos no último domingo prometeram empenho para multiplicar os votos do tucano.

"(Agora) não dá para a Dilma se esconder atrás de ninguém. Ela não pode continuar caminhando atrás do Lula", acrescentou Guerra, pouco antes do início do encontro da coligação em um centro de convenções de Brasília.

Para a maioria dos correligionários de Serra, a disputa eleitoral agora está mais equilibrada e os adversários, enfraquecidos.

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, declarou que a motivação é grande, diferente à dos adversários, que, segundo ele, estariam abatidos.

"Você terá uma comparação maior dos dois candidatos", disse Alckmin ao se referir ao tempo de propaganda que petistas e tucanos terão no rádio e na televisão.

A propaganda eleitoral gratuita dos dois candidatos começa na sexta-feira. Cada coligação terá 10 minutos para a veiculação na TV do programa eleitoral no período da tarde e outros 10 à noite. No rádio, os programas serão transmitidos pela manhã e ao meio-dia.

FIGURINO DE OPOSIÇÃO

Aécio Neves, senador eleito por Minas Gerais, rebateu a estratégia que a cúpula petista pretenderia dar à campanha de Dilma com relação às privatizações durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Os que querem condenar as privatizações estão, de alguma forma, dizendo a cada cidadão brasileiro que pegue o celular que está em seu bolso ou na sua bolsa e o jogue na lata de lixo mais próxima", disse Aécio.

Ainda antes do encontro, os tucanos mandaram um recado para Marina Silva (PV), terceira colocada no primeiro turno, em busca de seu apoio.

"O PSDB tem um projeto na área de recursos naturais... na área de meio ambiente. Se esse programa (de Marina) tiver coincidência e afinidade com o nosso, será seguramente incorporado para o bem do Brasil", afirmou Guerra.

Alguns setores da coligação exigem de Serra uma postura mais combativa durante a campanha do segundo turno.

Para o senador de Goiás Demóstenes Torres (DEM), o presidenciável precisa assumir o figurino de oposição. "Quem não assumiu, dançou. O povo gosta de autenticidade", declarou.

"Se quiser parecer o Lula, o eleitor vai votar no Lula, vai votar na matriz, não na filial", acrescentou.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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