terça-feira, 19 de outubro de 2010

Caso Bancoop - Promotor do Caso Bancoop oferece denúncia contra Vaccari e mais cinco

Um candidato a bandido, muito bem relacionado ... vejam:


Caso a denúncia seja aceita, a Justiça poderá autorizar a quebra de sigilo bancário e fiscal de Vaccari e outros dirigentes da Bancoop

Carolina Freitas

O promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, pediu à Justiça, nesta terça-feira, abertura de processo contra João Vaccari Neto e outras cinco pessoas envolvidas no Caso da Bancoop, cooperativa de crédito habitacional que lesou cerca de 3.000 mutuários e foi usada pelo PT para desvio de dinheiro para financiamento de campanhas eleitorais - inclusive a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

Em depoimento à CPI da Bancoop, na Assembleia Legislativa de São Paulo, Blat anunciou a denúncia apresentada à 5ª Vara Criminal. Caso seja aceita, Vaccari e os demais citados passarão a ser réus e responderão a processo por tentativa de estelionato, formação de quadrilha ou bando, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

"Diante de várias circunstâncias graves, diante da prescrição penal, da cobrança do programa de proteção a testemunhas, analisamos esses cem volumes e, às 10h57 desta terça-feira, com a remessa nº 4344, o Ministério Público ofereceu a denúncia formal perante à 5º Vara Criminal contra João Vaccari Neto, Ana Ernica, Tomás Edson Botelho Fraga, Letícia Antonio, Eli Rodrigues de Oliveira, Helena Conceição Pereira", disse o promotor. Três réus mortos em um acidente de carro em 2004 foram citados, mas tiveram a extinção de punibilidade pedida pelo promotor.

Blat começou a depor às 12h10 e, a partir de então, detalha a denúncia de 81 páginas que apresentou. A Justiça poderá autorizar a quebra de sigilo bancário e fiscal de Vaccari e outros dirigentes da Bancoop, caso a denúncia seja aceita. "Temos indicativos suficientes de indícios de autoria e materialidade contra vários diretores e ex-diretores e pessoas que participaram desta verdadeira organização criminosa que fraudou milhares de cooperados que não receberam suas unidades habitacionais e foram achacados", afirmou Blat na CPI.

Entenda o caso - Em março deste ano, VEJA revelou com exclusividade que, após três anos de investigações, o Ministério Público de São Paulo pos enfim as mãos na caixa-preta do esquema Bancoop e descobriu que dirigentes da cooperativa lesaram milhares de associados para montar uma operação que abasteceu a campanha de Lula em 2002 e encheu os cofres de empresas pertencentes a petistas. João Vaccari Neto, ex-presidente da Bancoop e tesoureiro do PT à época, foi apontado como o pivô do esquema.

Em resposta às acusações, petistas voltam-se contra o promotor José Carlos Blat. Para eles, o promotor agia de forma a beneficiar setores do MP ligados ao tucano José Serra, com interesses eleitorais. Em 8 de março, tucanos reuniram assinaturas em número suficiente para a abertura de uma CPI e deram como certa a convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Após análise de extratos bancários de 2001 a 2008, o promotor Blat estimou que o rombo do esquema Bancoop podia passar dos 100 milhões de reais. E, ainda no início de março, foi criada a CPI da Bancoop na Assemblea Legislativa de São Paulo. João Vaccari Neto negou o desvio e o rombo financeiro, e classificou o caso de "ação eleitoral" e diz que houve apenas "desequilíbrio financeiro".

Em 13 de março, mais uma reportagem de VEJA apontou a conexão entre os escândalos Bancoop e mensalão. A revelação está em uma série de depoimentos prestados por Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em fraudes financeiras, à Procuradoria-Geral da República.

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