quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sobre o Livro " A Cabana ", um comentário meu.

Outro dia, navegando estive num blog que comentava sobre o Livro A Cabana, que até recomendo por aqui.
Curioso que a interpretação do livro varia muito e alguns o veem como uma afronta ao Catolicismo, contra a Igreja ou coisa parecida, ignorando a sutileza da mensagem que o livro traz.
Um ponto muito marcante do livro é a velha questão e mania mesmo de nós humanos termos a seria tendência de julgar aos outros, até mesmo com uma simples opinião, que traz no seu interior um julgamento ou até um pré-julgamento. O desdobramento dessa atitude é exatamente a que o livro nos coloca, ou seja: Todo "Julgamento" vai nos levar a julgar a Deus em pessoa. Ai vem a pergunta: É possível isso ?
Muitos imaginam que a simples menção de que Deus jamais estaria disponível para uma apresentação pessoal para um simples ser humano ... E por que não ? Mas claro que sim, seria possível isso, como demonstrou a trama e mais, em muitos casos que vivemos no nosso dia a dia, a presença Dele é clara e inconteste !
E o que dizer para aquelas situações em que somos postos a prova, na hora de confiarmos cegamente Nele e termos a solução materializada na nossa frente para a solução desejada ? Milagre ? Talvez, mas que seja entendida como um Milagre da Fé, da confiança, da crença no Superior, no Pai, no Criador, que está sempre atento a tudo e a todos, sem deixar escapar nada e ninguém.
Fazer colocações que o Criador não se manifestaria em local simples e até remoto para apenas um ser humano, é desconsiderar o Amor que Ele nutre por nós, seus Filhos.
Lembramos que Deus, nem seu filho pródigo, Jesus pediu materialidade na sua "Igreja" que foi pedida a Pedro, quando falou a Pedro, que sobre ele edificaria sua Igreja ... Sim mas não no termo materialista da colocação, em termos de se ter locais fisicos e edificados para uma pretensa adoração.
Não seria mais prática a compreenção de que essa Igreja fosse erguida no coração dos seres humanos ? Afinal, estaria em nossos corações a presença 24 horas por dia Dele, sem maiores contratempos, e sem a necessidade de idolatrar em hora e local marcado, travestido de arrependimentos e de outras situações que só lembramos no domingo na hora da missa ... Sou muito franco em dizer: Isso não pássa de hipocrisia barata, pois somos humanos, imperfeitos, falíveis, e muito tendenciosos ao julgamento do nosso semelhante quando isso nos beneficia de alguma forma.
Mas para alguns isso não procede, pois cada caso é um caso, mas Eu digo: Cada caso é realmente um caso, mas em todos não estaria aberta  possibilidade de julgarmos em certos casos e não em outros.
Outra situação clara no Livro, é a Humildade do Pai, de seu Filho Jesus, da Santíssima Trindade, coisa que nós humanos temos tido o mal hábito de não valorizar, pois isso para alguns parece que é coisa de fracos ou de incompetentes para ser alguma coisa.
Num todo, o Livro é excelente e mostra de forma clara e até divertida, que Deus, Jesus, a Trindade, não são seres intocáveis ou inatingiveis como faz crer muitas tendências religiosas, Igrejas, e seitas que se propagaram mundo a fora, com muitas propostas das mais variadas possíveis.  São atingíveis e atuantes em todas as horas, pois estão dentro de nós mesmos, ao contrário de como sempre nos foi colocado historicamente, até para se criar um sentimento de mêdo pela presença de Deus nos finais de semana na missa ou culto dominical em outras Igrejas. Mêdo de ser castigado, ser punido por um "Pai" severo e castrador, que nunca perdoa, que julga sumariamente e é implacável nessa punição, com todos os pesos de sua mão pesada. 
Isso beira a inclemência de um ser pouco atento ao sentimento mais profundo e criativo que é o Amor.
Ai é que a coisa destoa do que nos é ensinado e a verdade dos fatos, pois Deus é Amor, e essa é a verdade pura e simples, que fica demonstrada com clareza no livro. Amor simples, completo e incondicional. Como muito bem ensinou Jesus na sua passagem humana na Terra.
Uma coisa que é fato e reforça a simplicidade das colocações, é que se colocarmos o entendimento dessa situação toda, com apoio da História, vamos ver que a Igreja Romana foi criada para substituir a Roma armada e conquistadora, que possuia um gasto enorme com seu exército, e de um tempo para frente se viu que não seria possível barrar o crescimento do Cristianismo na época, então se "encampou" a "ideia" e dai para frente surgiram os ditas regras e dogmas, templos suntuosos, o movimento politico que a Igreja sempre patrocinou e esteve em destaque desde a sua organização como Igreja oficial, onde até em guerras esteve envolvida para impor suas regras pela espada, não pelo convencimento apostólico como foi pedido por Jesus, nunca pela guerra e pelo julgamento sumário dos que não concordavam. Isso tudo é FATO, e não especulação, mas realidade que o tempo fez se tornar menos claro para quem chegou há pouco.
No real, o livro é uma narrativa simples sobre uma perda dolorosa de um Pai que necessitava de Luz e Amor para entender e levar a vida de forma mais leve e produtiva. Qual Pai de verdade não faria isso, não ensinaria seu filho a não errar e não se prejudicar ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Só para lembrar ... São 500 caracteres por comentário ... se tiver a mais, faça-o em dois ou mais comentários ... tipo "continua" ...
Se for para discordar ... aqui não tem censura .. Abç