segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Médicos REPROVADOS !


A SOCIEDADE PRECISA SABER!

Os resultados do projeto-piloto criado pelos
Ministérios da Saúde e da Educação
para validar diplomas de médicos formados no exterior
confirmaram os temores das associações médicas brasileiras.
Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames
de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 (dois)
conseguiram autorização para clinicar.
A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas,
bolivianas e, principalmente, cubanas.
As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os
brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser
aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais do País.
As faculdades cubanas, a mais conhecida é a
- Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana -são estatais e seus alunos
são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica.
Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo,
tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações
não governamentais e partidos políticos.
Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina,
entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST).
Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula
para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal
de Medicina e a Associação Médica Brasileira têm denunciado a má
qualidade da maioria das faculdades de medicina da América Latina,
alertando que os médicos por elas diplomados não teriam
condiçõesde exercer a medicina no País.
As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam,entre 2005 e 2009, só 25 conseguiram reconhecero diploma
no Brasil e regularizar sua situação profissional.
Por isso,o PT, o PC doB e o MSToptaram por defender o reconhecimento
automático do diploma, sem precisar passar por exames de
habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de
Medicina e pela Associação Médica Brasileira.
Para as duas entidades, as faculdades de medicina de Cuba,
da Bolívia e do interior da Argentina teriam currículos ultrapassados,
estariam tecnologicamente defasadas e não contariam com professores qualificados.
Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideológicos,
alegando que o modelo cubano de ensino médico valorizaria a medicina preventiva,
voltada mais para a prevenção de doenças entre a população de baixa renda
do que para a medicina curativa.
No marketing político cubano, os médicos"curativos"teriam interesse apenas
em atender a população dos grandes centros urbanos, não se
preocupando com a saúde das chamadas "classes populares".
Entre 2006 e 2007, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara
chegou a aprovar um projeto preparado pelas chancelarias
do Brasile de Cuba, permitindo a equivalência automática dos
diplomas de medicina expedidos nos dois países, mas os líderes
governistas não o levaram a plenário, temendo uma derrota.
No ano seguinte, depois de uma viagem a Havana, o ex-presidente
Lula pediu uma "solução" para o caso para os Ministérios da Educação
e da Saúde. E, em 2009, governo e entidades médicas negociaram o
projeto-piloto que foi testado em 2010.
Ele prevê uma prova de validação uniforme, preparada pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC,
e aplicada por todas as universidades.
Por causa do desempenho desastroso dos médicos formados no exterior,
o governo - mais uma vez cedendo a pressões políticas e partidárias -
pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de"promover ajustes".
As entidades médicas já perceberam a manobra e afirmam que
não faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiência e habilitação.
Custa crer que setores do MEC continuem insistindo em pôr a ideologia na frente
da competência profissional, quando estão em jogo a saúde e a vida de pessoas.

2 comentários:

  1. Enquanto isso no Brasil ainda tem gente que luta para acabar com o exame de ordem na advocacia. O motivo é justamente este, selecionar quem pode ou não atuar junto ao público.

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  2. Pois é tio Dé, escrevi sobre isso na Tribo esses dias. Meu tio é conselheiro federal de medicina e diz que couro tá comendo por lá. Muita pressão do governo federal que quer porque quer empurrar os médicos fanta formados por aí. Principalmente em Cuba. Mas os filhotes deles e eles mesmos são tratados no Sírio Libanês.

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