Direto da PIAUÌÌÌÌÌ ... Muito boa ... !

TEERÃ – Um dia após o embaixador do Irã em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, negar que o governo brasileiro tenha feito uma oferta formal de asilo para a iraniana Sakineh Ashtiani, condenada a apedrejamento pelo crime de adultério, o presidente Mahmoud Ahmadinejad declarou em Teerã que tem uma vaga lembrança de Lula, mas não garante reconhecê-lo se o encontrar na rua.


O porta-voz do governo iraniano, Karim Shebabaputz, confirmou, porém, que Ahmadinejad já ouviu falar do Brasil: “Inclusive, o nosso ministério das Relações Exteriores nos disse que o país fica lá pelos lados da América do Sul, o que deixou o presidente muito animado. Ele sempre quis conhecer o Caribe. Quem sabe nas próximas férias?”

Ao ser indagado se as gestões do ministro Celso Amorim junto à ONU para evitar sanções contra o Irã não haviam causado boa impressão, Shebabaputz arregalou os olhos, revirou papéis, consultou o iPhone, deu três telefonemas e se desculpou: “Não brinca que vocês têm um ministério das Relações Exteriores? Que coisa mais simpática, imaginava que tudo era resolvido numa grande conversa na clareira da selva. Muito interessante. Agradeça a esse rapaz Amorim, índio valente, a quem, desde já, o governo do Irã presenteia com essas contas e espelhinhos.” Simpático, Shebabaputz pediu para dizer a Amorim que não ficasse muito chateado pelo fato de suas gestões não terem surtido efeito algum. “O que conta é a intenção.”

Quando lhe mostraram uma foto de Marco Aurélio Garcia, Shebabaputz perguntou: “É o pajé?” A imagem circulou pelos gabinetes governamentais, mas ninguém reconheceu o assessor especial de Lula para assuntos internacionais. Duas pessoas reclamaram de espinhela caída e perguntaram se Garcia estava disponível para uma pajelança, “ou até mesmo um passe”.

No Brasil, Lula declarou em comício que a mudança do modo de execução de Ashtiani, que não será mais apedrejada, mas enforcada, “é um exemplo do papel cada vez mais importante que o Brasil vem exercendo no mundo”.