segunda-feira, 4 de julho de 2011

Acorda Rio de Janeiro !!

Sérgio Cabral Filho vem de uma família de

classe média baixa, nasceu no Engenho Novo e

foi criado no bairro de Cavalcanti, subúrbio

do Rio. O pai, conhecido jornalista e

crítico musical, se candidatou a vereador e

foi eleito em 1982 e reeleito em 1988 e

1992. Cabral Filho se integrou à equipe do

pai e acabou nomeado diretor da TurisRio, no

governo Moreira Franco.

Em 1990, pegou carona no nome do pai e foi

eleito deputado estadual, tornando-se uma

espécie de político-modelo. Recusou as

mordomias da Alerj, não usava o carro

oficial, dirigindo seu modesto Voyage.

Defendia duas classes sociais: os jovens e

os idosos, organizando os famosos bailes da

Terceira Idade, primeiro no Clube Boqueirão

do Passeio, depois no Canecão. Fazia uma

carreira impecável, trocou o PMDB pelo PSDB

e tinha tudo para dar certo na política.

Até que se candidatou a prefeito do Rio, em

1992, e descobriu as famosas “sobras de

campanha”. Foi quando começou a enriquecer.

Reeleito deputado estadual em 1994, ligou-se

a Jorge Picciani, que durante 6 anos foi

primeiro-secretário da Alerj, no período em

que Cabral presidiu a casa (1995-2007). Em

1994, foi novamente candidato a prefeito,

amealhando “mais sobras de campanha”.

Em 1998, tinha declarado um patrimônio de R$

827,8 mil, mas já dava demonstrações

explícitas de enriquecimento ilícito. Ainda

estava no PSDB, mas rompeu com o então

governador Marcello Alencar, que o denunciou

ao Ministério Público Estadual por

improbidade administrativa (adquirir bens,

no exercício do mandato, incompatíveis com o

patrimônio ou a renda de agente público),

pela compra de uma mansão no condomínio

Portobello em Mangaratiba, e de também de um

luxuoso apartamento no Leblon.

Mas essa investigação foi arquivada pelo

subprocurador-geral de Justiça Elio

Fischberg, em 1999, porque Cabral alegou que

fazia “consultoria política” para a agência

do publicitário Rogério Monteiro, que lhe

pagaria R$ 9 mil por mês, quantia

insuficiente para justificar os elevados

gastos de Cabral, mas os auxiliares do

subprocurador parece que não eram bom em

aritmética.

Em 1999, Cabral volta para o PMDB, e ainda

como presidente da Alerj, se aproxima do

então governador do estado, Anthony

Garotinho, que o ajuda a se eleger senador

em 2002, e depois o apóia na campanha para

governador em 2006, com mais “sobras decampanha”.

Como governador, estrategicamente Cabral

logo rompeu com seu protetor Garotinho, mas

manteve o “reinado” de Arthur César Soares

de Menezes Filho. E se ligou aos outros três

mosqueteiros: Marcelo Mattoso de Almeida, o

ex-doleiro que morreu sexta-feira pilotando

o helicóptero na Bahia, o empreiteiro

Fernando Cavendish, e o secretário Sergio

Luiz Côrtes da Silveira. Com isso, foi

aumentando desmesuradamente a fortuna, que

já não dependia dos serviços de

“consultoria” à agência do amigo Rogério Monteiro.

Hoje, o deslumbramento e o exibicionismo

novo rico da família Cabral chega a tal

ponto que uma foto publicada por O Globo

esta terça-feira diz tudo. O filho de

Cabral, Marco Antônio, aparece usando um

relógio Rolex Oyster Perpetual Daytona de

Ouro Branco, que custa nas melhores lojas do

país a bagatela de R$ 50 mil. Não é preciso dizer mais nada.


Dize-me com quem andas,

Sergio Cabral, e todos

saberão que tipo de

governante você se tornou.

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