sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Trem-bala perdida da alegria - A loucura pelo menos foi adiada - By Veja

26/11/2010


Via Reinaldo Azevedo
às 22:09

Trem-bala perdida da alegria - A loucura pelo menos foi adiada

Leiam o que segue. Volto em seguida:

Governo adia leilão do trem-bala para 29 de abril de 2011


Por Karla Mendes, da Agência Estado:

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) oficializou nesta sexta-feira, 26, o adiamento do leilão do trem de alta velocidade (TAV), que estava marcado para 16 de dezembro e com data limite para entrega das propostas nesta segunda-feira, dia 29. A nova data para entrega das propostas foi marcada para 11 de abril e o leilão será realizado no dia 29 de abril de 2011.

O diretor geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, afirmou que o adiamento do leilão do trem de alta velocidade (TAV) ocorreu em função de “argumentos objetivos” apresentados pelos grupos interessados em participar da licitação. Ele ressaltou que o governo tem “total confiança” de que, com o alongamento do prazo, o processo será mais competitivo. “Pelo menos quatro grupos empresariais diferentes confirmaram que vão participar do processo de licitação”, disse.

Figueiredo explicou que esses quatro grupos não indicam necessariamente a formação de quatro consórcios, pois os executores da obra e os detentores de tecnologia poderão se unir posteriormente e, desta forma, reduzir o número de competidores. O diretor da ANTT admitiu que a decisão do adiamento do leilão foi tomada “apesar de ter consciência de que penaliza um consórcio (coreano) que estava preparado desde o início em apresentar a proposta”.

Voltei

Bem, pelo menos se ganha um tempinho. As empresas fogem do trem-bala como o diabo foge da cruz, mesmo com o governo assumindo quase todo o risco, conforme o estabelecido numa Medida Provisória que é a materialização da loucura que tomou conta de Lula e Dilma nesse particular. Por que a obstinação? Ninguém entende.

A VEJA desta semana trouxe reportagem informando que duas consultorias tinham estimado o custo total do trem-bala em R$ 63,4 bilhões. E o que tem isso? Essas mesmas empresas, num estudo oficial encomendando pelo governo, que custou R$ 5,5 milhões, deram uma pequena barateada na obra: R$ 33,1 bilhões. E é com base nesse valor que o governo queria fazer o leilão! Como 64 vira 33? Nem Deus sabe. Vai ver essa é uma das razões por que não aparecem candidatos a assumir a estrovenga. Republico trecho da reportagem da VEJA desta semana que termina.

[no Brasil] Faltam estradas asfaltadas e bem sinalizadas, ferrovias para transportar cargas e passageiros, redes de metrô, portos eficientes, aeroportos decentes (e profissionais decentes para operá-los) e por aí vai. O governo do PT, no entanto, encasquetou que o principal investimento em transporte a ser feito pelo país tem de ser uma obra bilionária e de necessidade duvidosa: um trem de alta velocidade que ligará Campinas ao Rio de Janeiro, passando por São Paulo. O custo deixou de ser uma fábula para se tornar uma piada. A estimativa inicial, que era de 19 bilhões, já passou oficialmente para 33,1 bilhões de reais. A licitação para a construção desse portento da engenharia está marcada para o próximo dia 29. Curiosamente, até agora há apenas um grupo interessado no negócio, liderado por estatais da Coréia do Sul. Empresários nacionais e outras companhias estrangeiras não parecem animados a participar. Para evitar o vexame que será produzido se a licitação contar com apenas um participante, o governo tenta convencer alguns empresários, especialmente chineses, a formar ao menos mais um consórcio para entrar na disputa.

O leitor deve estar se perguntando por que não surgem pencas de interessados em participar do leilão, já que o trem do PT deverá ser a obra mais cara realizada no Brasil desde a construção da Hidrelétrica de Itaipu. A resposta é a seguinte: apesar de os 33,1 bilhões de reais representarem uma soma estratosférica, nenhum empresário acredita que será possível levar a cabo o projeto proposto pelo governo por esse valor. Os trens-bala estão entre as estruturas mais caras que o engenho humano já foi capaz de imaginar. Os custos com engenharia civil, tecnologia e desapropriações são monumentais. O governo afirma que as empresas exageram no medo. Para provar o que diz, acena com um estudo realizado por duas consultorias, a brasileira Sinergia e a inglesa Halcrow. O material, que custou 5.5 milhões de dólares, foi apresentado em setembro de 2009 e está disponível na internet. Ele conclui que é possível, sim, fazer o trem caber no orçamento de 33,1 bilhões de reais.

Na semana passada, porém, VEJA teve acesso a uma informação que põe em xeque a credibilidade do estudo. Em abril de 2009 (cinco meses antes, portanto), a Sinergia e a Halcrow apresentaram ao governo um primeiro relatório econômico em que afirmavam que a obra custaria muito mais: 63,4 bilhões de reais, quase o dobro do que está sendo anunciado. É normal que, depois de entregar uma estimativa de custos, uma consultoria decida fazer um ou outro ajuste em seus números para aumentar o seu grau de precisão, mas são mudanças pontuais. Não há justificativa no universo da engenharia que faca uma obra orçada em 63,4 bilhões de reais sair, de repente, pela metade de preço. Mas, ao menos politicamente, a mudança veio a calhar: quanto mais baixo for o orçamento apresentado, mais fácil será para o governo convencer a opinião pública a aceitar a obra.

Por Reinaldo Azevedo

Comentei na Veja:

Realmente o caso mistura cimento com emendas de orçamento … Resultado ? Obra superfaturada ! Num valor de 63 bi ou mais, com certeza mais, muito mais, isso vai extrapolar os limites da credibilidade, da honestidade, e da “senvergonhice”, e por que não dizer logo … da sacanagem explicita !



Quem já enricou, vai enricar mais ainda, e outros vão entrar nesse seleto grupelho corrupto e safado … !


Quem viver, verá … !

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